Um pastor americano há décadas tem ensinado aos cristãos qual é a verdadeira essência do ministério pastoral. Aos 90 anos de idade, James Royalty completa nesse mês de julho 69 deles pastoreando a mesma igreja, a denominação Batista de Red Hill, no Kentucky, Estados Unidos.

Cuidar de pessoas, por amor e vocação vindos de Deus, essa é a essência do trabalho pastoral exercido pelo pastor James, motivo pelo qual mesmo em idade tão avançada, o líder cristão não pensa em se aposentar.

“Eu senti que precisava permanecer na igreja. Lembro-me de pensar: ‘Se são 10 anos ou 20 anos ou 50 anos, isso é com o Senhor.’”, disse ele, segundo informações do portal God Reports.

O pastor James, assim como muitos vocacionados em seu início de ministério, achou que não seria capaz de lidar com a grande responsabilidade de cuidar de uma igreja. “Eu pensei que não poderia fazer isso, mas eu fui para o Georgetown College e pensei nessa questão, levei alguns anos [para decidir] porque trabalhava enquanto fazia faculdade”, disse ele.

“No meu chamado, eu disse que não era um pregador, mas onde Deus me colocasse, eu ficaria o tempo que Ele quisesse”, completou, destacando que apesar das opções que teve ao longo da via, preferiu continuar dedicado ao cuidado da mesma igreja.

“Eu tive quatro oportunidades para sair de Red Hill, mas eu as recusei. Afinal, o Senhor me colocou lá para começar aquele trabalho. Então eu era necessário lá”, explicou o pastor James.

James Royalty foi ordenado pastor da Red Hill em 1950. O começo da denominação também não foi fácil. Eles se reuniam em um campo aberto, debaixo de tendas fornecidas pelo Exército Americano, assim como os bancos de madeira que também eram emprestados.

Aos poucos a denominação foi crescendo, até conseguir comprar seu próprio terreno e construir o templo. Para alcançar os moradores com dificuldades de locomoção, a Red Holl utilizava ônibus particular para ir buscar os fiéis, e isso terminou virando um trabalho missionário pioneiro no Kentucky.

O apoio da igreja

O pastor James defende que o ministro, uma vez estabelecido em uma igreja, deve permanecer nela, cuidando. Isso cria vínculos mais profundos, permite o acompanhamento de diferentes gerações (pais, filhos, netos, etc) e também o desenvolvimento de um trabalho mais focado.

Todavia, James explica que muitos pastores mudam de igreja porque não recebem o devido apoio para o sustento de suas famílias, então saem do local por necessidade e não pela falta de vontade de ficar.

“Encontre o trabalho do Senhor e fique com ele”, aconselha o pastor. “Um problema hoje é que as igrejas não os apoiam para que possam cuidar de sua família. Para alguns, não é que eles particularmente queiram se mudar, mas as igrejas não os apoiam para ganhar a vida”, conclui.

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